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08/06/2011 (Quarta-feira)
Introdução de MAURO ARAUJO DE SOUZA - Doutorando em Filosofia, mestre em Ciências da Religião e especialista em História pela PUC-SP. É ex-frade franciscano e professor de Filosofia e História desde 1985. Morou, por dois anos, em Shizuoka-Ken, no Japão. Lá, aprendeu a descobrir a riqueza da Filosofia Oriental.
08/06/2011 (Quarta-feira)
Introdução de MAURO ARAUJO DE SOUZA - Doutorando em Filosofia, mestre em Ciências da Religião e especialista em História pela PUC-SP. É ex-frade franciscano e professor de Filosofia e História desde 1985. Morou, por dois anos, em Shizuoka-Ken, no Japão. Lá, aprendeu a descobrir a riqueza da Filosofia Oriental.
( VI )
Santo Agostinho divide sua vida em antes e depois da conversão, sendo este o marco no qual sua grande paixão secular não deixa de pulsar, porém recebe uma iluminação, mediante a qual o espírito e alma de um homem em busca de sentido de viver continua apaixonado. O fogo que consumia o filho de Mônica passou a arder de outra maneira. Na realidade, sempre foi um ser humano de grande envergadura passional: ocorre que, após a conversão, seu "pathos", este impulso vital, se redireciona. Toda sua energia se canalizava ao serviço da fé cristã, mas tal processo, ele buscou compreendê-lo também pela via da razão. O que chama a atenção e tudo isso é o dualismo de corpo e alma está em choque. O conflito dessa relação entre matéria e espírito identifica o espaço da luta humana para entender-se nessa construção. É onde faz parecer que potencialmente o sagrado está presente no profano. Basta um toque, um acontecimento, para que tudo se esclareça. Foi assim com o bispo de Hipona. Nele, razão e sentimento se entrecruzam no caminho da fé. Muitas vezes, para expressar o que seria inexprimível, a utilização de metáforas acabou por ser a solução. Para entender Agostinho, é necessário penetrar em seu interior pelos seus escritos, em especial pelas Confissões.
(Pág. 22)
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