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GALÁXIA, ALFA, Brazil
Simples como a brisa, complexo como nós. Nascido em 25/5/1925.

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sexta-feira, 17 de junho de 2011

A ELOQUÊNCIA DE FAUSTO

http://criadoreumso.blogspot.com
17/06/2011 (Sexta-feira)


CAPÍTULO VI

Durante os quase nove anos em que meu espírito errante deu ouvidos aos maniqueus, esperei ansiosamente a vinda de Fausto. Os demais adeptos, com os quais me encontrava casualmente, embaraçados com as objeções que eu lhes fazia, remetiam-me a ele que, à sua chegada, com uma simples entrevista resolveria facilmente todas aquelas dificuldades, e ainda outras maiores que me ocorressem, de maneira claríssima.

Logo que chegou, pude notar que se tratava de um homem simpático, de fala cativante, e que expunha os temas comuns dos maniqueus, mas com muito mais agrado que eles. Mas, que interessava à minha sede este elegante copeiro de copos preciosos? Eu já tinha os ouvidos fartos daquelas teorias, e nem me pareciam melhores por serem exposta em melhor estilo, nem eu considerava Fausto mais sábio por ter o rosto de mais graça e sua linguagem mais finura. Aqueles que mo haviam recomendado não eram bons juízes: tinham Fausto como homem sábio e prudente somente porque lhes agradava sua facúndia. Diferentes de outra espécie de homem que conheci, que tinham como suspeita a verdade, e não se lhe renderiam se lhes fosse apresentada com linguagem elegante e verbosa.

Mas eu, meu Deus, nessa época já tinha aprendido de ti, por caminhos ocultos e admiráveis - e creio que eras tu que me ensinavas, porque era verdade, e ninguém pode ser mestre da verdade senão tu, seja qual for a instância e modo dela brilhar - já havia aprendido de ti que não se deve ter por verdadeiro um pensamento porque expresso eloquentemente, nem falso, porque é dito com rudeza; e que, pelo contrário, um pensamento não é verdadeiro por ser enunciado com simplicidade, nem falso porque sua expressão é elegante; A sabedoria e a ignorância são como alimentos, proveitosos ou nocivos, e as palavras, elegantes ou rudes, como pratos preciosos ou toscos, nos quais se podem servir a ambos.
(Por Aurelios Augustinos  *354   -430) Pág.104-105

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