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GALÁXIA, ALFA, Brazil
Simples como a brisa, complexo como nós. Nascido em 25/5/1925.

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

À PROCURA DE DEUS - LIVRO DÉCIMO DAS CON FISSÕES

http://criadoreumso.blogspot.com
21/10/2011 (Sexta-feira)


CAPÍTULOXL

Quando deixaste de me acompanhar, ó Verdade, para me ensinar o que eu devia evitar ou procurar, sempre que Te consultei, a Ti submetendo, dentro de minha limitação, meus medíocres pontos de vista? Percorri com os sentidos, como pude, o mundo exterior. Observei a vida de meu corpo e os meus próprios sentidos. Depois adentrei nas profundezas da memória em seus múltiplos domínios, tão maravilhosamente repletos de inúmeras riquezas; observei tudo isso, estupefato. Sem Teu auxílio nada poderia distinguir, mas reconheci que nada disto eras Tu. Nem era eu o descobridor de todas essas coisas; me esforcei para distinguí-las e avaliá-las em seu devido valor, recebendo-as através dos sentidos e interrogando-as. Senti outras coisas unidas a mim, e as examinei, assim como aos sentidos que mas traziam; revolvi as vastas reservas da memória, analisando certas lembranças, guardando umas e trazendo outras à luz. Mas não era eu quem descobria todas essas coisas, e nessa pesquisa, eu, ou antes, a força pela qual eu a empreendia, não eras Tu. Porque Tu és a Luz permanente que eu consultava sobre a existência, o valor e a qualidade de todas essas coisas, e eu ouvia Teus ensinamentos e Tuas ordens. Costumo fazê-lo muitas vezes, pois essa é a minha alegria, e sempre que meus trabalhos me permitem algum descanso, refugio-me nesse prazer.


Em nenhuma dessas coisas que percorro consultando-Te, não encontro lugar seguro para minha alma senão em Ti; só em Ti se reúnem meus pensamentos esparsos, sem que nada meu se aparte de Ti. Às vezes, me fazes conhecer uma extraordinária plenitude de vida interior, de inefável doçura que, se chegasse à completação, não seria certamente compatível com esta vida. Mas torno a cair nesta baixeza, cujo peso me acabrunha; volto a ser dominado pelos meus hábitos, que me tem cativo e, apesar de minhas lágrimas, não me libertam. Tão pesado é o fardo do hábito! Não quero estar onde posso e não posso estar onde quero: miséria em ambos os casos!


(Por Aurelius Augustinus  *354  +430) Pág. 251-252.

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