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sábado, 28 de janeiro de 2012

NOSSA EXISTÊNCIA É DOM DE DEUS — LIVRO DÉCIMO-TERCEIRO DE CONFISSÕES.

http://criadoreumso.blogspot.com
28/01/2012 (Sábado)

OS DIREITOS AUTORAIS DE "CONFISSÕES" JÁ CADUCARAM, POIS O AUTOR FALECEU NO ANO 430 DE NOSSA ERA. PORTANTO, HÁ MAIS DE SETENTA ANOS. POSSO POSTAR, VOCÊ PODE COPIAR. É DE DOMÍNIO PÚBLICO. LEI 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 - ART. 41. OS DIREITOS PATRIMONIAIS DO AUTOR PERDURAM POR SETENTA ANOS CONTADOS DE 1° DE JANEIRO DO ANO SUBSEQÜENTE AO DE SEU FALECIMENTO, OBEDECIDA A ORDEM SUCESSÓRIA DA LEI CIVIL. PARÁGRAFO ÚNICO. APLICA-SE ÀS OBRAS PÓSTUMAS O PRAZO DE PROTEÇÃO A QUE ALUDE O CAPUT DESTE ARTIGO.








Nossa existência é dom de Deus.

Foi pela plenitude da Tua bondade que a criatura recebeu a existência, a fim de que não deixasse de existir um bem, de todo inútil para Ti e que, ainda que originado de Ti, não é igual a Ti, pois que por Ti podia ser criado. Que merecimento podiam apresentar-Te o céu e a terra, para que no "princípio" os criastes? E digam as naturezas espirituais e corporais, "por Ti criadas na Tua Sabedoria", que méritos tinham, diante de Ti, para que delas dependessem todos os seres imperfeitos e informes! Cada uma no seu gênero, seja espiritual seja corporal, tende a afastar-se de Ti em direção à desordem e à degeneração;¹ e a espiritual, ainda que informe, é mais importante que a corporal dotada de forma; e a corporal, ainda que sem forma, é mais importante que o nada absoluto. Essas criaturas informes teriam permanecido suspensas no Teu Verbo, se este mesmo Verbo não as tivesse recolhido na Tua unidade e não lhes tivesse dado forma e as "tivesse tornado todas muito boas", graças a Ti, único e sumo Bem. Que merecimentos antecipados essa matéria apresentou diante de Ti, uma vez que não poderia ter existido, nem mesmo de modo "invisível e desordenado",² se Tu não a tivesses criado? Não podia sequer merecer existência, pois ainda era inexistente. E a criatura espiritual, apenas em embrião, que título teria diante de Ti para vaguear, ainda que tenebrosa e semelhante ao abismo,³ diferente de Ti, se a Tua palavra não a tivesse conduzido àquele que a criou, e, por Ele iluminada, não a tivesse transformado em luz, não igual, mas semelhante a uma forma igual a Ti?⁴ Para um corpo a existência não implica a beleza; caso contrário, não poderia haver disformidade. Assim também, para um espírito criado, viver não é o mesmo que viver sapientemente; do contrário, todo espírito viveria infalivelmente na sabedoria. Para o espírito, o viver sempre unido a Ti é um bem,⁵ de modo a não perder, afastando-se de Ti, a luz que conquistara ao voltar-se para Ti, e a não resvalar para uma vida semelhante a um abismo de trevas. Também nós, pela alma somos criaturas espirituais; no entanto, nos afastamos de Ti, que és a nossa luz, e fomos trevas;⁶ e, por entre os restos de nossa escuridão, penamos até que, em Teu único Filho, nos tornemos Tua justiça, como as montanhas de Deus. Pois fomos objeto dos Teus juízos, que são profundos como os abismos.⁷

(Por Aurelius Augustinus  *354  +430).
¹ A doutrina neoplatônica, em sua fase alexandrino-romana, ensinava que o ser degenera à medida que se afasta do único, de quem procede; ensinava também que a alma iluminada aperfeiçoa-se na conversão ao bem. Agostinho experimenta as consequências dessa terminologia.
² Gn 1,2.
³ Cf. Gn 1,2.
⁴ Cf. Fl 2,6.
⁵ Cf. Sl 72,28.
⁶ Cf. Ef 5,8.
⁷ Sl 35,7.

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