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GALÁXIA, ALFA, Brazil
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segunda-feira, 30 de abril de 2012

COMO SE CONHECE A ALMA. CONFIANÇA EM DEUS ( II ) — SOLILÓQUIOS

http://criadoreumso.blogspot.com
30/04/2012 (Segunda-feira)

ILUMINE-SE!
OS DIREITOS AUTORAIS DE "SOLILÓQUIOS E VIDA FELIZ" JÁ CADUCARAM, POIS O AUTOR FALECEU NO ANO 430 DE NOSSA ERA. PORTANTO, HÁ MAIS DE SETENTA ANOS. POSSO POSTAR, VOCÊ PODE COPIAR. É DE DOMÍNIO PÚBLICO. LEI 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 - ART. 41. OS DIREITOS PATRIMONIAIS DO AUTOR PERDURAM POR SETENTA ANOS CONTADOS DE 1° DE JANEIRO DO ANO SUBSEQÜENTE AO DE SEU FALECIMENTO, OBEDECIDA A ORDEM SUCESSÓRIA DA LEI CIVIL. PARÁGRAFO ÚNICO. APLICA-SE ÀS OBRAS PÓSTUMAS O PRAZO DE PROTEÇÃO A QUE ALUDE O CAPUT DESTE ARTIGO.
QUEM CONVERSA, DE FATO, COM AGOSTINHO? SEU "EU" SUPERIOR? SEU ANJO DA GUARDA? NÃO É UM DIÁLOGO, CONFORME ELE — É UM SOLILÓQUIO.

(continuação)
Como se conhece a alma. Confiança em Deus ( II ).


R — E quando uma pessoa casta morre, tu achas que a castidade acaba?


A — De modo algum.


R — Portanto, quando perece algo que é verdadeiro, não perece a verdade.


A — Como perece algo que seja verdadeiro? Não percebo.


R — Admira-me que faças esta pergunta; não vemos milhares de coisas perecerem ante nossos olhos? Talvez, aches que esta árvore, ou é árvore, mas não é verdadeira, ou que não possa parecer. Embora não acreditando nos sentidos, pudessem responder que não sabes com absoluta certeza que seja uma árvore, contudo não negarás (conforme julgado) que, se é uma árvore, trata-se de uma árvore verdadeira. Pois isto se julga não pelo sentido, mas pela inteligência. Se for uma árvore falsa, não é árvore; mas se for uma árvore, necessariamente é verdadeira.


A — Concordo com isto.


R — Em relação também à seguinte sentença: concedes que a árvore é do gênero de coisas que nascem e perecem?


A — Não posso negar.


R — Conclui-se, pois, que algo que é verdadeiro perece.


A — Não contradigo.


R — Não te parece, então, que mesmo perecendo coisas verdadeiras, não perece a verdade, assim como não acaba a castidade quando morre uma pessoa casta?


A — Também isto concedo e gostaria muito de saber o que intencionas.


R — Então presta atenção.


A — Sou todo ouvidos.


R — Parece-te verdadeira a seguinte sentença? O que existe, concebe-se como existente em algum lugar.


A — Nada me força a estar de acordo.


R — Mas admites que a verdade existe?


A — Sim.


R — Portanto, é necessário que a procuremos onde ela se encontra. Mas ela não existe em um lugar, a não ser que julgues que algo além do corpo ocupa lugar, ou que a verdade seja um corpo.


A — Não admito nada disso.


R — Onde, então, achas que ela está? Pois concedemos que ela existe em alguma parte.


A — Se soubesse onde ela está, talvez nada mais procuraria.


R — Pelo menos podes saber onde ela não está?


A — Se me deres alguma ideia, talvez poderei.


R — Certamente não está nas coisas mortais, porque o que existe em outra coisa não pode permanecer se não permanece aquilo onde está. E há pouco concordamos que a verdade permanece mesmo quando perecem coisas verdadeiras. Por isso, a verdade não está nas coisas que perecem. Mas a verdade existe e não está em nenhum lugar. Portanto, existem coisas imortais. Mas nada há de verdadeiro onde não esteja a verdade. Conclui-se, pois, que  não há coisas verdadeiras senão as que são imortais. Toda árvore falsa não é árvore; a madeira falsa não é madeira; a prata falsa não é prata; tudo que é falso não é. Mas tudo o que não é verdadeiro é falso. Por isso, não se pode afirmar corretamente que uma coisa é, senão as imortais. Reflete criteriosamente sobre este pequeno argumento, para ver se há algo com o qual não deves estar de acordo. Mas se é certo, teremos executado toda a nossa tarefa, o que talvez aparecerá melhor no outro livro.


A — Sou-te grato; refletirei comigo mesmo com critério e cautela sobre essas coisas e principalmente contigo, quando estamos recolhidos em silêncio, desde que não interfira alguma treva e me atraia com seu deleite, o que receio imensamente.


R — Crê constantemente em Deus e entrega-te inteiramente a Ele, quanto te seja possível. Não queiras ser como autônomo na tua capacidade, mas declara-te servidor do clementíssimo e generosíssimo Senhor, de modo que Ele não cesse de erguer-te até Ele e não permita que nada te ocorra a não ser o que seja útil para ti, mesmo que não saibas.


A — Ouço, creio e obedeço quanto posso; peço a Ele insistentemente para que eu possa ainda mais, a não ser que talvez queiras de mim algo mais.


R — Por enquanto basta, depois farás o que a percepção te aconselhar.
(Continua)


(Por Aurelius Augustinus *354 +430).

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