VIM AQUI PARA TE DIZER QUE...

Minha foto
GALÁXIA, ALFA, Brazil
Simples como a brisa, complexo como nós. Nascido em 25/5/1925.

OLÁ!

BOM DIA, BOA TARDE OU BOA NOITE. SEJA FELIZ!

sábado, 21 de abril de 2012

USO CORRETO DOS BENS EXTERIORES — SOLILÓQUIOS

http://criadoreumso.blogspot.com
21/04/2012 (Sábado)

ILUMINE-SE!
OS DIREITOS AUTORAIS DE "SOLILÓQUIOS E VIDA FELIZ" JÁ CADUCARAM, POIS O AUTOR FALECEU NO ANO 430 DE NOSSA ERA. PORTANTO, HÁ MAIS DE SETENTA ANOS. POSSO POSTAR, VOCÊ PODE COPIAR. É DE DOMÍNIO PÚBLICO. LEI 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 - ART. 41. OS DIREITOS PATRIMONIAIS DO AUTOR PERDURAM POR SETENTA ANOS CONTADOS DE 1° DE JANEIRO DO ANO SUBSEQÜENTE AO DE SEU FALECIMENTO, OBEDECIDA A ORDEM SUCESSÓRIA DA LEI CIVIL. PARÁGRAFO ÚNICO. APLICA-SE ÀS OBRAS PÓSTUMAS O PRAZO DE PROTEÇÃO A QUE ALUDE O CAPUT DESTE ARTIGO.
QUEM CONVERSA, DE FATO, COM AGOSTINHO? SEU "EU" SUPERIOR? SEU ANJO DA GUARDA? NÃO É UM DIÁLOGO, CONFORME ELE — É UM SOLILÓQUIO.


(continuação)
Uso correto dos bens exteriores.


R — Progrediste muito. Contudo, o que resta é um grande obstáculo para ver aquela luz. Mas apresento-te algo que me parece fácil mostrar: ou nada nos resta a dominar, ou não progredimos absolutamente em nada e permanece o veneno de todas aquelas coisas que acreditávamos estavam extirpadas. Pois te pergunto, se de alguma outra forma fores convencido de que não possas viver dedicado ao estudo da sabedoria em companhia dos teus que te são muito caros, sem o suporte de algum grande patrimônio familiar que sustente tuas necessidades, não desejarias as riquezas e optarias por elas?


A — Concordo que sim.


R — E se também se apresentar a oportunidade em que possas transmitir sabedoria a muitas pessoas, desde que tua autoridade seja acrescida de honra e que teus próprios familiares não possam moderar tuas ambições e dedicar-te totalmente à procura de Deus, se também eles não forem possuidores de honras, e que isto não se pode conseguir senão por meio das honras e dignidade que tu tenhas, não se deve desejar essas coisas e empenhar-se para que elas ocorram?


A – Concordo contigo.


R — Sobre a esposa já não discuto, pois talvez não haja essa necessidade de casar-se. Mas se tiveres certeza de que com o grande patrimônio dela possas sustentar todos aqueles que gostarias que estivessem em tua companhia no estudo, e ela concordasse com isso, principalmente se possuir tal nobreza de estirpe que possas, através dela, obter facilmente aquelas honras que, como concordaste,  são necessárias, não sei se terias obrigação de menosprezar tudo isso.


A — Mas como posso esperar tais coisas?


R — Dizes isso como se eu agora estivesse inquirindo sobre o que esperas. Não pergunto sobre o que, se for negado, deixa de trazer prazer, mas sobre aquilo que, se for oferecido, traz prazer. Uma coisa é quando uma doença contagiosa é erradicada, e outra, quando ela está adormecida. A propósito, vale o que foi dito, por alguns eruditos: que todos os ignorantes são insensatos, como toda lama cheira mal;  o que nem sempre ocorre a não ser que se mexa. Interessa muito se a cobiça é esmagada pelo desespero da alma ou se é repelida pela saúde.


A — Embora não possa te responder, entretanto jamais me convencerás que não tenha feito progressos,  pelo menos com esta disposição de ânimo que sinto ter agora.


R — Creio que tens esta opinião porque, embora possas desejar essas coisas, entretanto elas parecem desejáveis não em si mesmas, mas por causa de outra coisa.


A – É o que eu queria dizer; pois quando desejei riquezas,  desejei-as para ser rico. As próprias honras, cujo desejo, como disse, presentemente dominei, não sei que brilho elas tinham do qual eu queria deleitar-me; e nada mais procurei na mulher, quando o procurei, senão o prazer com a boa fama. Na época havia em mim verdadeira paixão por essas coisas, que agora menosprezo totalmente. Mas, se para chegar ao que desejo, não me é dado outro caminho senão através dessas coisas, então não as desejo para abraça-las, mas sujeito-me a tolerá-las.


R — Muito bem. Tampouco eu acho que se deva denominar de cobiça o desejo de coisas que se requerem em função de outra coisa.
(Continua)


(Por Aurelius Augustinus *354 +430).

Nenhum comentário:

EU VIM AQUI PARA TE DIZER QUE

TE AMO, IRMÃO; TE AMO IRMÀ
.


Atalho do Facebook