26/06/2012 (Terça-feira)
OS DIREITOS AUTORAIS DE "A TRINDADE" JÁ CADUCARAM, POIS O AUTOR FALECEU NO ANO 430 DE NOSSA ERA. PORTANTO, HÁ MAIS DE SETENTA ANOS. POSSO POSTAR, VOCÊ PODE COPIAR. É DE DOMÍNIO PÚBLICO. LEI 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 - ART. 41. OS DIREITOS PATRIMONIAIS DO AUTOR PERDURAM POR SETENTA ANOS CONTADOS DE 1° DE JANEIRO DO ANO SUBSEQÜENTE AO DE SEU FALECIMENTO, OBEDECIDA A ORDEM SUCESSÓRIA DA LEI CIVIL. PARÁGRAFO ÚNICO. APLICA-SE ÀS OBRAS PÓSTUMAS O PRAZO DE PROTEÇÃO A QUE ALUDE O CAPUT DESTE ARTIGO.
(Continuação)
Pacto do autor com os leitores (III).
Aquele leitor que disser: "Estou compreendendo o que se diz, mas não está bem exato", apresente a sua explicação, se o quiser, e impugne a minha, se puder. Caso, motivado pela caridade e a verdade, o levar ao meu conhecimento — se ainda eu estiver vivo — estarei colhendo frutos copiosos deste meu trabalho. Se não lhe for possível trazer ao meu conhecimento, dar-me-ia alegria e prazer se fizer a observação aos que puderem me corrigir. De minha parte, medito na lei do Senhor, senão dia e noite (Sl 1,2), pelo menos em todos os momentos em que me é possível. Para que não venha a esquecer minhas considerações, confio-as à pena esperando da divina misericórdia a perseverança em todas as verdades que eu considerar como certas. Se porém, cair em erro, Ele me esclarecerá (Fl 3,15), seja mediante inspirações e admoestações íntimas, seja por meio de Sua palavra manifesta, seja ainda através de colóquios com os irmãos. Isto peço, e esta determinação e este desejo confio-os ao Seu poder, pois Ele é o único capaz de guardar o que me deu e de cumprir o que prometeu.
Penso com razão, que alguns mais tardos de inteligência vão opinar, em certas passagens de meus livros, que eu disse aquilo que não disse; ou que não disse o que disse. Quem ignora que o erro alheio não nos deve ser atribuído? Esses tais pareciam seguir-me, mas não me tendo compreendido, desviaram-se para alguma falsidade, enquanto eu me via obrigado a caminhar por densos e obscuros caminhos. De modo semelhante ninguém terá o descaro de atribuir aos santos autores dos Livros sagrados os muitos e variados erros dos hereges, que se empenham em defender suas falsas e enganadoras opiniões com a autoridade das mesmas Escrituras.
A lei de Cristo, com delicadíssima autoridade, isto é, a caridade, admoesta-me e ordena-me que, quando os homens julgam que em meus livros defendi algum erro que não defendi, se o suposto erro desagradar a este e agradar aquele, que eu prefira ser repreendido pelo censor da suposta falsidade a ser louvado por um adulador. Pois, embora seja criticado pelo primeiro sem razão, o erro é censurado; no entanto, nem eu serei louvado com razão pelo adulador — pois me atribui uma opinião contrária à verdade —, nem a própria afirmação será elogiada com razão, pois ofende à verdade.
Em nome do Senhor, pois, demos início à obra que nos propusemos empreender.
(Continua).
(Por Aurelius Augustinus *354 ✞430).
Penso com razão, que alguns mais tardos de inteligência vão opinar, em certas passagens de meus livros, que eu disse aquilo que não disse; ou que não disse o que disse. Quem ignora que o erro alheio não nos deve ser atribuído? Esses tais pareciam seguir-me, mas não me tendo compreendido, desviaram-se para alguma falsidade, enquanto eu me via obrigado a caminhar por densos e obscuros caminhos. De modo semelhante ninguém terá o descaro de atribuir aos santos autores dos Livros sagrados os muitos e variados erros dos hereges, que se empenham em defender suas falsas e enganadoras opiniões com a autoridade das mesmas Escrituras.
A lei de Cristo, com delicadíssima autoridade, isto é, a caridade, admoesta-me e ordena-me que, quando os homens julgam que em meus livros defendi algum erro que não defendi, se o suposto erro desagradar a este e agradar aquele, que eu prefira ser repreendido pelo censor da suposta falsidade a ser louvado por um adulador. Pois, embora seja criticado pelo primeiro sem razão, o erro é censurado; no entanto, nem eu serei louvado com razão pelo adulador — pois me atribui uma opinião contrária à verdade —, nem a própria afirmação será elogiada com razão, pois ofende à verdade.
Em nome do Senhor, pois, demos início à obra que nos propusemos empreender.
(Continua).
(Por Aurelius Augustinus *354 ✞430).
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