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06.06.2011 (Segunda-feira)
06.06.2011 (Segunda-feira)
Mas estendeste tua mão do alto, e arrancaste minha alma deste abismo de trevas, enquanto minha mãe, tua fiel serva, chorava-me diante de ti muito mais do que as outras mães costumavam chorar sobre o cadáver dos filhos, pois via a morte da minha alma com a fé e o espírito que havia recebido de ti. E tu a escutastes, Senhor, tu a ouviste e não desprezaste suas lágrimas que, brotando copiosas, regavam o solo debaixo de seus olhos por onde fazia sua oração; sim tu a escutate, Senhor. Com efeito, donde podia vir aquele sonho, com que a consolaste, ao ponto de me admitir em sua companhia e mesa, fato que havia me negado porque aborrecia e detestava as blasfemeas de meu erro?
Nesse sonho viu-se de pé sobre uma régua de madeira; e um jovem resplandecente, alegre e risonho que vinha ao seu encontro, triste e amarga. Este lhe perguntou a causa de sua tristeza e lágrimas diárias, não por curiosidade, como sói acontecer, mas para instruí-la; e respondendo-lhe ela que chorava a minha perdição, mandou-lhe, para sua tranquilidade, que prestasse atenção e visse que onde ela estava também estaria eu. Apenas olhou, viu-me junto de si, de pé sobre a mesma régua.
(Por Aurelius Augustinus *354 -430) Pág.76
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