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22/07/2011 (Sexta-feira)
22/07/2011 (Sexta-feira)
CAPÍTULO VI
Certo dia em que Nebrídio estava ausente, não sei por que motivo, Alípio e eu recebemos a visita de um tal Ponticiano, nosso compatriota da África, que servia em alto cargo do palácio. Não sei mais o que queria de nós.
Sentamo-nos para conversar, e, por acaso, deu com os olhos em um livro que estava sobre a mesa de jogo, à nossa frente. Pegou-o, abriu-o, viu que eram as epístolas de Paulo, e ficou surpreso, pois pensava que se tratasse de algum dos livros cujo estudo me preocupava. Então sorriu para mim e, cumprimentando-me, manifestou-me sua admiração por ter encontrado aquele livro, e só aquele, ao alcance de meus olhos. Ponticiano era um cristão fiel, e muitas vezes prostrava-se diante de ti, nosso Deus, na igreja, em frequentes e prolongadas orações.
E quando lhe declarei que aquele livro ocupava o melhor de minha atenção, tomando a palavra, começou a falar-nos de Antão, monge do Egito, cujo nome era celebrado entre teus fiéis, mas que nós desconhecíamos até aquela hora. Informado disto, continuou a falar, revelando esse grande homem à nossa ignorância, que ele muito admirou.
(Por Aurelius Augustinus *354 -430) Pág. 175
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