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23/12/2011 (Sexta-feira)
OS DIREITOS AUTORAIS DE "CONFISSÕES" JÁ CADUCARAM, POIS O AUTOR FALECEU NO ANO 430 DE NOSSA ERA. PORTANTO, HÁ MAIS DE SETENTA ANOS. POSSO POSTAR, VOCÊ PODE COPIAR. É DE DOMÍNIO PÚBLICO. LEI 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 - ART. 41. OS DIREITOS PATRIMONIAIS DO AUTOR PERDURAM POR SETENTA ANOS CONTADOS DE 1° DE JANEIRO DO ANO SUBSEQÜENTE AO DE SEU FALECIMENTO, OBEDECIDA A ORDEM SUCESSÓRIA DA LEI CIVIL. PARÁGRAFO ÚNICO. APLICA-SE ÀS OBRAS PÓSTUMAS O PRAZO DE PROTEÇÃO A QUE ALUDE O CAPUT DESTE ARTIGO.
MEDITAÇÃO SOBRE O PRIMEIRO VERSÍCULO DO GÊNESIS: "NO PRINCÍPIO, DEUS CRIOU O CÉU E A TERRA".
"No princípio, Deus criou o céu e a terra; a terra era invisível e informe, e as trevas cobriam o abismo."¹ Quando ouço, ó meu Deus, essas palavras da Escritura, sem precisar o dia em que os criaste, eu as interpreto do seguinte modo: a primeira é o céu do céu", o céu intelectual, em que compreender tudo ao mesmo tempo e não "em parte", não por enígmas ou através de um espelho", mas inteiramente, em plena evidência, "face a face".² Conhecer, não ora isto ora aquilo, mas — como já dissemos — tudo simultaneamente, sem as vicissitudes do tempo. A segunda é a terra invisível e desorganizada, sem aquela temporalidade que costuma trazer consigo, ora uma realidade ora outra. Porque, onde não há forma, não há ora isto ora aquilo. São duas realidades, uma com sua forma desde o princípio, a outra absolutamente informe; isto é, uma o céu — ou seja, o céu do céu — e a outra a terra, ou seja, a terra invisível e informe. É por essas duas realidades que acredito compreender quando a Escritura diz: "No princípio, Deus criou o céu e a terra", sem mencionar dias. E imediatamente acrescenta de qual terra falava. Quando recorda que no segundo dia foi criado o firmamento, que chamou de céu, dá a entender a que céu se referia antes, quando não mencionou dias.
(Por Aurelius Augustinus *354 +430).
¹ Gn 1,1s.
² 1Cor 13,12.
"No princípio, Deus criou o céu e a terra; a terra era invisível e informe, e as trevas cobriam o abismo."¹ Quando ouço, ó meu Deus, essas palavras da Escritura, sem precisar o dia em que os criaste, eu as interpreto do seguinte modo: a primeira é o céu do céu", o céu intelectual, em que compreender tudo ao mesmo tempo e não "em parte", não por enígmas ou através de um espelho", mas inteiramente, em plena evidência, "face a face".² Conhecer, não ora isto ora aquilo, mas — como já dissemos — tudo simultaneamente, sem as vicissitudes do tempo. A segunda é a terra invisível e desorganizada, sem aquela temporalidade que costuma trazer consigo, ora uma realidade ora outra. Porque, onde não há forma, não há ora isto ora aquilo. São duas realidades, uma com sua forma desde o princípio, a outra absolutamente informe; isto é, uma o céu — ou seja, o céu do céu — e a outra a terra, ou seja, a terra invisível e informe. É por essas duas realidades que acredito compreender quando a Escritura diz: "No princípio, Deus criou o céu e a terra", sem mencionar dias. E imediatamente acrescenta de qual terra falava. Quando recorda que no segundo dia foi criado o firmamento, que chamou de céu, dá a entender a que céu se referia antes, quando não mencionou dias.
(Por Aurelius Augustinus *354 +430).
¹ Gn 1,1s.
² 1Cor 13,12.
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