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GALÁXIA, ALFA, Brazil
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A MEDIDA DO TEMPO REALIZA-SE EM NOSSA MENTE ( IV ) LIVRO DÉCIMO PRIMEIRO DE CONFISSÕES

http://criadoreumso.blogspot.com
01/12/2011 (Quinta-feira_)

OS DIREITOS AUTORAIS DE "CONFISSÕES" JÁ CADUCARAM, POIS O AUTOR FALECEU NO ANO 430 DE NOSSA ERA. PORTANTO, HÁ MAIS DE SETENTA ANOS. POSSO POSTAR, VOCÊ PODE COPIAR. É DE DOMÍNIO PÚBLICO. LEI 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 - ART. 41. OS DIREITOS PATRIMONIAIS DO AUTOR PERDURAM POR SETENTA ANOS CONTADOS DE 1° DE JANEIRO DO ANO SUBSEQÜENTE AO DE SEU FALECIMENTO, OBEDECIDA A ORDEM SUCESSÓRIA DA LEI CIVIL. PARÁGRAFO ÚNICO. APLICA-SE ÀS OBRAS PÓSTUMAS O PRAZO DE PROTEÇÃO A QUE ALUDE O CAPUT DESTE ARTIGO.

É em ti, meu espírito, que eu meço o tempo.¹ Não me perturbes, ou melhor, não te perturbes com o tumulto de tuas impressões. É em ti, repito, que meço os tempos. Meço, enquanto está presente, a impressão que as coisas gravam em ti no momento em que passam, e que permanece, mesmo depois de passadas, e não as coisas que passaram para que então se reproduzisse. É essa impressão que meço,  quando meço os tempos. Portanto, ou essa impressão é o tempo, ou não meço o tempo. Mas quando medimos os silêncios e dizemos que tal silêncio durou tanto tempo quanto durou tal voz, será que não concentramos o pensamento na duração da voz como se ressoasse ainda, para podermos dizer alguma coisa sobre os intervalos de silêncio em termos de extensão temporal? De fato, mesmo sem usar a voz, percorremos com o pensamento poemas, versos e discursos, enfim, toda sorte de medidas, de movimentos, e determinamos a relação desses intervalos de tempo entre si, exatamente como se usássemos a voz. Se alguém quiser pronunciar uma sílaba longa, e com o pensamento se houver previamente estabelecido o comprimento, deve ter reproduzido em silêncio esse espaço de tempo e, confiando na memória, começa a emitir o som, que se produz até atingir o limite fixado. Ou melhor, soou e soará, porque a parte já realizada evidentemente já soou, e o que resta ainda soará. Assim se realiza o som. O esforço presente transforma o futuro em passado, o passado cresce com a diminuição do futuro, até o momento em que tudo será passado, quando se consumar o futuro.


(Por Aurelius Augustinus  *354  +430).
¹ Agostinho ensina, em conclusão, que o tempo é o produto de nossa alma, que o torna presente mediante a memória no caso de ser passado, mediante a atenção no caso de ser atual, e mediante a espera se é futuro.

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