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OS DIREITOS AUTORAIS DE "SOLILÓQUIOS E VIDA FELIZ" JÁ CADUCARAM, POIS O AUTOR FALECEU NO ANO 430 DE NOSSA ERA. PORTANTO, HÁ MAIS DE SETENTA ANOS. POSSO POSTAR, VOCÊ PODE COPIAR. É DE DOMÍNIO PÚBLICO. LEI 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 - ART. 41. OS DIREITOS PATRIMONIAIS DO AUTOR PERDURAM POR SETENTA ANOS CONTADOS DE 1° DE JANEIRO DO ANO SUBSEQÜENTE AO DE SEU FALECIMENTO, OBEDECIDA A ORDEM SUCESSÓRIA DA LEI CIVIL. PARÁGRAFO ÚNICO. APLICA-SE ÀS OBRAS PÓSTUMAS O PRAZO DE PROTEÇÃO A QUE ALUDE O CAPUT DESTE ARTIGO.
QUEM CONVERSA, DE FATO, COM AGOSTINHO? SEU "EU" SUPERIOR? SEU ANJO DA GUARDA? NÃO É UM DIÁLOGO, CONFORME ELE — É UM SOLILÓQUIO.
(continuação)
Conhecimento fundamentado ( II ):
R — Mas no que nos diz respeito, responde ao seguinte: se o que Platão e Plotino disseram de Deus é verdadeiro, bastar-te-ia conhecer a Deus como eles o conheceram?
A — Se é verdadeiro tudo o que disseram, não de imediato se pode concluir que eles necessariamente também soubessem tais coisas. Pois muitos falam bastante mesmo do que não sabem, como eu mesmo disse desejar conhecer tudo o que pedi em minha oração, o que eu não desejaria se já o conhecesse. E no entanto, mesmo assim não pude dizê-lo? Expressei não o que compreendia com o entendimento, e sim o que eu tinha guardado na memória com toda a fidelidade quanto pude. Mas saber é outra coisa.
R — Dize: sabes ao menos o que seja uma linha em geometria?
A — É claro que sei.
R — Nesta afirmação não temes os acadêmicos?
A — De modo algum. Eles não aceitam que o sábio erre; mas eu não sou sábio. Por isso, não temo dizer que conheço as coisas quando realmente as conheço. E se eu chegar à sabedoria, como desejo, farei o que ela aconselhar.
R — Não retruco em nada. Mas, como havíamos começado a perguntar, conheces a figura que chamam de esfera assim como conheces a linha?
A — Conheço.
R — Ambas igualmente, ou conheces uma mais ou menos que a outra?
A — Conheço-as igualmente, pois não me engano nem numa nem noutra.
R — Quanto a essas coisas, as percebeste com os sentidos ou com o entendimento?
A — Neste assunto, tenho experiência dos sentidos quase como que de uma nave. Pois quando eles me conduziram ao lugar de destino, onde os deixei, já como que em terra comecei a ponderar essas coisas com o pensamento; Durante muito tempo vacilaram-me os pés. Pelo que parece-me antes que se possa navegar na terra do que conseguir a ciência geométrica com os sentidos, embora pareça que estes sejam de alguma ajuda para os que começam a aprender.
(continua)
(Por Aurelius Augustinus *354 +430).
13/04/2012 (Sexta-feira)
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QUEM CONVERSA, DE FATO, COM AGOSTINHO? SEU "EU" SUPERIOR? SEU ANJO DA GUARDA? NÃO É UM DIÁLOGO, CONFORME ELE — É UM SOLILÓQUIO.
(continuação)
Conhecimento fundamentado ( II ):
R — Mas no que nos diz respeito, responde ao seguinte: se o que Platão e Plotino disseram de Deus é verdadeiro, bastar-te-ia conhecer a Deus como eles o conheceram?
A — Se é verdadeiro tudo o que disseram, não de imediato se pode concluir que eles necessariamente também soubessem tais coisas. Pois muitos falam bastante mesmo do que não sabem, como eu mesmo disse desejar conhecer tudo o que pedi em minha oração, o que eu não desejaria se já o conhecesse. E no entanto, mesmo assim não pude dizê-lo? Expressei não o que compreendia com o entendimento, e sim o que eu tinha guardado na memória com toda a fidelidade quanto pude. Mas saber é outra coisa.
R — Dize: sabes ao menos o que seja uma linha em geometria?
A — É claro que sei.
R — Nesta afirmação não temes os acadêmicos?
A — De modo algum. Eles não aceitam que o sábio erre; mas eu não sou sábio. Por isso, não temo dizer que conheço as coisas quando realmente as conheço. E se eu chegar à sabedoria, como desejo, farei o que ela aconselhar.
R — Não retruco em nada. Mas, como havíamos começado a perguntar, conheces a figura que chamam de esfera assim como conheces a linha?
A — Conheço.
R — Ambas igualmente, ou conheces uma mais ou menos que a outra?
A — Conheço-as igualmente, pois não me engano nem numa nem noutra.
R — Quanto a essas coisas, as percebeste com os sentidos ou com o entendimento?
A — Neste assunto, tenho experiência dos sentidos quase como que de uma nave. Pois quando eles me conduziram ao lugar de destino, onde os deixei, já como que em terra comecei a ponderar essas coisas com o pensamento; Durante muito tempo vacilaram-me os pés. Pelo que parece-me antes que se possa navegar na terra do que conseguir a ciência geométrica com os sentidos, embora pareça que estes sejam de alguma ajuda para os que começam a aprender.
(continua)
(Por Aurelius Augustinus *354 +430).
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