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GALÁXIA, ALFA, Brazil
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

ESPOSA E MÃE EXEMPLAR ( I ) LIVRO NONO DAS CONFISSÕES


http://criadoreumso.blogspot.com
12/08/2011 (Sexta-feira)

CAPÍTULO IX

Educada assim na modéstia e na temperança, mais sujeita a seus pais pela tua mão que por seus pais a ti, logo que chegou à idade núbil, foi dada em matrimônio a um homem, a quem serviu  como a senhor. Procurou conquistá-lo para ti, falando-lhe de ti com suas virtudes, com as quais tu a tornavas bela e reverentemente amável e admirável ante seus olhos. Suportou suas infidelidades conjugais com tanta paciência, que jamais teve com ele a menor briga por isso, pois esperava que tua misericórdia viria sobre ele, e que lhe trouxesse, com a fé, a castidade.

Seu marido, se de um lado era sumamente afetuoso, por outro era extremamente colérico, mas ela tinha o cuidado de não contrariá-lo nem com ações, nem com palavras, se o visse irado. Logo que o via calmo e sossegado, oportunamente, mostrava-lhe o que havia feito, se por acaso se tivesse irritado desmedidamente.

Muitas senhoras, embora tendo maridos mais calmos, traziam no rosto as marcas de pancadas que as desfiguravam. Conversando entre amigas, lamentavam a conduta dos maridos. Minha mãe reprovava-lhes a língua e, como por gracejo, lembrava-lhes que, desde a leitura do contrato matrimonial, deviam considerá-lo como documento que as tornava servas, e portanto proibia-lhes de serem altivas com seus senhores. Essas senhoras, que conheciam o mau gênio de seu marido, admiravam-se de que jamais ninguém tivesse ouvido ou percebido por qualquer indício que Patrício maltratasse a mulher, nem sequer que algum dia tivessem brigado por questões domésticas. E como lhe pedissem confidencialmente a razão disso, minha mãe expunha-lhes seu agir habitual, como acima mencionei. Algumas, após experimentar, punham-no em prática e davam-lhe graças; as que não a imitavam continuavam a sofrer humilhações e violências. 
(Por Aurelius Augustinus   *354  +430)Pág.200-201

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