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17/08/2011 (Quarta-feira)
17/08/2011 (Quarta-feira)
CAPÍTULO XI
Mas eu, ó Deus invisível, meditando nos dons que infundes no coração de teus fiéis, e nas admiráveis colheitas que deles brotam, alegrava-me e te dava graças. Lembrava-me do grande cuidado que sempre demonstrara acerca de sua sepultura, adquirida e preparada junto ao corpo do marido. Tendo vivido com ele na maior concórdia, assim também queria - visão própria da alma humana incapaz das coisas divinas - ter a felicidade de que os homens recordassem que, depois de sua viagem para além-mar, lhe fora concedida a graça de a mesma terra cobrir o pó de ambos os cônjuges.
Quando esta vaidade havia deixado de existir em seu coração, pela plenitude de tua bondade, eu não o sabia, mas alegrava-me com admiração ao ouví-la falar assim. No entanto, naquela conversa à janela quando me disse: "Que faço aqui?" - já estava patente que não mais desejava morrer na pátria.
Soube também depois que em Óstia, estando eu ausente, falou certo dia com alguns amigos meus, com maternal confiança, sobre o desprezo desta vida e o benefício da morte. Eles, maravilhados da coragem dessa mulher - dádiva tua - perguntaram-lhe se não temia deixar o corpo tão longe da pátria. "Nada está longe para Deus - disse ela - nem preciso temer que ele ignore, no fim dos tempos, o lugar onde me ressuscitará".
Por fim, nove dias após cair enferma aos cinquenta e seis anos de sua idade e aos trinta e três da minha, aquela alma santa e piedosa libertou-se do corpo.
(Por Aurelius Augustinus) Pág. 205
Soube também depois que em Óstia, estando eu ausente, falou certo dia com alguns amigos meus, com maternal confiança, sobre o desprezo desta vida e o benefício da morte. Eles, maravilhados da coragem dessa mulher - dádiva tua - perguntaram-lhe se não temia deixar o corpo tão longe da pátria. "Nada está longe para Deus - disse ela - nem preciso temer que ele ignore, no fim dos tempos, o lugar onde me ressuscitará".
Por fim, nove dias após cair enferma aos cinquenta e seis anos de sua idade e aos trinta e três da minha, aquela alma santa e piedosa libertou-se do corpo.
(Por Aurelius Augustinus) Pág. 205
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