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domingo, 11 de setembro de 2011

A LEMBRANÇA DOS SENTIMENTOS ( II ) LIVRO DÉCIMO DAS CONFISSÕES

http://criadoreumso.blogspot.com
11/09/2011 (Domingo)


CAPÍTULO XIV

É ainda da memória que tiro a distinção entre as quatro emoções da alma: o desejo, a alegria, o medo e a tristeza. Assim, todo raciocínio que eu teça, dividindo cada uma delas nas espécies de seus gêneros, definindo-as, é na memória que encontro o que tenho a dizer, e de lá tiro tudo o que digo. Contudo, ao recordar essas emoções, não me perturbo com nenhuma delas. E antes mesmo que eu as recordasse para discutí-las, elas ali estavam, e por isso puderam ser tiradas da memória mediante a lembrança . Talvez a lembrança tire da memória essas emoções como o ato de ruminar tira do estômago os alimentos. Mas então, por que aquele que rumina sobre tais paixões não sente na boca do pensamento a doçura da alegria ou a amargura da tristeza? Estará justamente nisto a diferença se, todas as vezes que falássemos do medo ou da tristeza, nos víssemos tristes ou temerosos?

Contudo, certamente não poderíamos falar deles se não encontrássemos na memória não só os sons dessas palavras, segundo a imagem gravada em nós pelos sentidos, mas ainda as noções que elas exprimem. Essas noções, nós as recebemos por nenhuma porta da carne, mas a própria alma, sentindo-as pela experiência das próprias emoções, confiou-as à memória; ou então a própria memória as reteve, sem que ninguém lhas confiasse.


(Por Aurelius Augustinus  *354  +430). Pág.224.

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