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GALÁXIA, ALFA, Brazil
Simples como a brisa, complexo como nós. Nascido em 25/5/1925.

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quinta-feira, 31 de maio de 2012

O PROBLEMA DA FELICIDADE — A VIDA FELIZ

31/05/2012 (Quinta-feira)




ILUMINE-SE!
OS DIREITOS AUTORAIS DE "SOLILÓQUIOS E A VIDA FELIZ" JÁ CADUCARAM, POIS O AUTOR FALECEU NO ANO 430 DE NOSSA ERA. PORTANTO, HÁ MAIS DE SETENTA ANOS. POSSO POSTAR, VOCÊ PODE COPIAR. É DE DOMÍNIO PÚBLICO. LEI 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 - ART. 41. OS DIREITOS PATRIMONIAIS DO AUTOR PERDURAM POR SETENTA ANOS CONTADOS DE 1° DE JANEIRO DO ANO SUBSEQÜENTE AO DE SEU FALECIMENTO, OBEDECIDA A ORDEM SUCESSÓRIA DA LEI CIVIL. PARÁGRAFO ÚNICO. APLICA-SE ÀS OBRAS PÓSTUMAS O PRAZO DE PROTEÇÃO A QUE ALUDE O CAPUT DESTE ARTIGO.

(Continuação)


Constamos de corpo e alma.


— Será evidente a cada um de vós, que somos compostos de alma e corpo? Todos foram concordes, exceto Navígio, que declarou não saber.


— Mas, disse-lhe eu, pensas que ignoras tudo em geral, ou essa proposição é uma entre outras coisas que desconheces?


— Não creio que sou totalmente ignorante, respondeu ele.


— Podes, pois, dizer-nos alguma coisa do que sabes?


— Sim, posso.


— Se isso não te incomoda, dize-nos, pois. E como ele hesitasse, interroguei:


— Sabes, pelo menos, que vives?


— Isso eu sei.


— Sabes, portanto, que tens vida, visto que ninguém pode viver a não ser que tenha vida?


— Isso também sei.


— Sabes, igualmente, que possuis um corpo? Ele concordou.


— Sabes, então, que constas de corpo e vida?


— Sim, todavia tenho dúvidas se não existe alguma coisa a mais do que isso.


— Assim, não duvidas destes dois pontos: possuis um corpo e uma alma. Mas estás em dúvida se não existe outra coisa que seria para o homem um complemento de perfeição.


— É isso. Concordou ele.


— O que poderia ser, procuremos em outra ocasião, sendo possível. Peço agora, já que todos estamos de acordo em reconhecer que não pode existir homem algum sem corpo e alma, dizerem-me para qual dos dois elementos desejamos o alimento?


— Para o corpo, exclamou Licêncio. Os demais, porém, duvidavam, perguntando-se de diversas maneiras como poderia o alimento ser necessário ao corpo, quando o procurávamos para viver, e a vida não depende senão da alma.


— Intervim, dizendo: — Parece-vos que o alimento é feito unicamente para a parte do homem que vemos crescer e fortificar-se por meio dele? Foram todos dessa mesma opinião, exceto Trigésio que declarou:


— Por que, então, não chego a crescer em proporção ao meu grande apetite?


— A natureza, expliquei, fixou aos corpos a dimensão à qual pode atingir, mas sequer atingiriam essa dimensão se lhes faltasse o alimento. Constatamos facilmente esse fato nos animais. Todos sabem que os corpos vivos, sejam quais forem, definham sem o alimento.


— Definham, mas não encurtam, retorquiu Licêncio.


– Já temos o bastante para o meu propósito, concluí. Pois a questão era saber se o alimento é para o corpo. Ora, não há dúvida sobre isso, porque se for suprimido o corpo definha.


Todos aprovaram.
(Continua)


(Por Aurelius Augustinus *354 +430).

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