PREDIÇÃO DOS PROFETAS, COM RELAÇÃO A JESUS
Além das afirmações de Jesus e da opinião dos apóstolos, há um testemunho cujo valor os crentes mais ortodoxos não poderiam contestar, pois que o apontam constantemente como artigo de fé: é o do próprio Deus, isto é, o dos profetas falando por inspiração e anunciando a vinda do Messias. Ora, aqui vão as passagens da Bíblia consideradas como predição desse grande acontecimento.
"Eu o vejo, porém não agora; olho-o, porém não de perto; uma estrela proveio de Jacob e um cetro se elevou de Israel e traspassará os chefes de Moab e destruirá todos os filhos de Seth." (Número, 24:17)
"Eu lhes suscitarei um profeta, como tu, dentre seus irmãos e porei na sua boca as minhas palavras e ele dirá o que eu lhe houver ordenado. E dar-se-á que àquele que não escutar as palavras que ele houver dito em meu nome, a esse pedirei contas". (Deuterônimo, 18:18-19)
"Acontecerá, pois, quando chegarem os dias de te ires com teus pais, que farei levantar-se a tua posteridade depois de ti, um de teus filhos, e estabelecerei o seu reino. Ele me construirá uma casa e eu firmarei o seu trono para sempre. Ser-lhe-ei pai e ele me será filho e dele não retirarei a minha misericórdia, como a retirei daquele que foi antes de ti, e o estabelecerei na minha casa e no meu reino para sempre e seu trono se afirmará para sempre." (Paralipômenos, 17:11-14)
"Eis por que o Senhor mesmo vos dará um sinal: uma virgem ficará grávida e parirá um filho e ele se chamará Emmanuel." (Isaías, 7:14)
"Pois o menino nos nasceu, o Filho nos foi dado e o império foi posto sobre seus ombros e chamar-se-lhe-á, seu nome o Admirável, o Conselheiro, o Deus forte, o Poderoso, o Pai da Eternidade, o Príncipe da paz." (Isaías, 9:5)
"Aqui está meu servidor, eu o sustentarei; é meu eleito, minha alma pôs nele sua afeição; nele pus o meu Espírito; ele exercerá a justiça entre as nações.
"Ele absolutamente não se retirará, nem se precipitará, até que eu haja estabelecido a justiça na terra e os seres se submeterão à sua lei." (Isaías, 42:1-4)
"Ele gozará do trabalho de sua alma e dele se fartará; e meu servo justo a muitos justificará, pelo conhecimento que terão dele e ele próprio lhes arrebatará as iniquidades." (Isaías, 53:11)
"Rejubila-te ao extremo, filha de Sião; solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém! Eis que o teu rei a ti virá, justo e salvador humilde e montado num jumento, sobre o potro de uma jumenta. E eu farei desaparecer os carros de guerra de Efraim e os cavalos de Jerusalém e o arco do combate também desaparecerá e o rei falará de paz às nações. E sua dominação se estenderá de um mar a outro mar e do rio aos extremos da terra." (Zacarias, 9:9-10)
"E ele (o Cristo) se manterá e governará pela força do Eterno e com a magnificência do nome do Eterno seu Deus. E eles voltarão e agora ele será glorificado até às extremidades da terra e será ele quem fará a paz." (Miquéias, 5:4)
A distinção entre Deus e Seu futuro Enviado se acha aí caracterizada do modo mais formal. Deus O designa por Seu Servidor, conseguintemente por Seu Subordinado. Nada há, em Suas palavras, que implique a ideia de igualdade de poder, nem de consubstancialidade entre Os dois Seres. Ter-Se-ia Deus enganado e teriam visto com mais exatidão do que Ele os homens que vieram três séculos depois de Jesus-Cristo? Tal parece ser a pretensão deles.
(Idem - pág. 145-146)
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