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GALÁXIA, ALFA, Brazil
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terça-feira, 10 de maio de 2011

ESTUDO SOBRE A NATUREZA DO CRISTO (III) ALLAN KARDEC (1804-1869)

















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10/05/2011 (Terça-feira)

AS PALAVRAS DE JESUS PROVAM A SUA DIVINDADE?


"Pois, se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, desse também se envergonhará o Filho do homem, quando estiver na Sua glória e na de Seu Pai e dos santos anjos"(S. Lucas, 9:26)

Nestas duas últimas passagens parece que Jesus coloca acima de Si os santos anjos componentes do Tribunal Celeste, perante o qual seria Ele o defensor dos bons e o acusador dos maus.

"Mas, pelo que respeita a vos sentardes à minha direita ou à minha esquerda, não me compete a mim vo-lo conceder; isso será para aqueles a quem Meu Pai o tenha preparado." (S. Mateus, 20:23)

Ora, estando reunidos os fariseus, Jesus lhes fez esta pergunta: Que vos parece do Cristo? De quem é ele filho? Eles responderam: De David. - Como é então, retrucou Ele, que David Lhe chama em espírito seu Senhor, nestes termos: O Senhor disse a meu Senhor: senta-Te à minha direita, até que Eu reduza Teus inimigos a Te servirem de escabelo para os pés? - Ora, se David Lhe chama seu Senhor, como é Ele seu filho? (S. Mateus, 22:41-45)

Por essas palavras, Jesus consagra o princípio da diferença hierárquica que existe entre o Pai e o Filho. Ele podia ser filho de David por filiação corporal, como descendente de sua raça e foi por isso que teve o cuidado de acrescentar: como Lhe chama ele em espírito seu Senhor? Se há uma diferença hierárquica entre o Pai e o Filho, Jesus, como Filho de Deus, não pode ser igual a Deus.

Ele confirma esta interpretação e reconhece a Sua inferioridade com relação a Deus, em termos que não deixam lugar a dúvidas.

"Ouvistes o que foi dito: "Eu me vou e volto a vós. Se Me amásseis, rejubilaríeis, pois que eu vou para meu Pai, porque meu Pai É MAIOR DO QUE EU" (S. João, 14:28).

"Aproxima-se então um mancebo e Lhe diz: Bom Mestre, que bem devo fazer para alcançar a vida eterna? Jesus lhe respondeu: por que me chamas bom? Não há sendo somente Deus que é Bom. Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos." (S. Mateus, 19:16-17; S. Marcos, 10:17-18; S. Lucas, 18:18-19)

Não só Jesus não Se deu em nenhuma circunstância, por igual a Deus, como, neste passo, afirma positivamente o contrário: considera-Se inferior a Deus em bondade. Ora, declarar que Deus Lhe está acima, pelo poder e pelas qualidades morais, é dizer que Ele não é Deus. As passagens que seguem apóiam as que citamos e também são bastante explícitas.

"Não tenho falado por mim mesmo; meu Pai, que me enviou, foi quem me prescreveu, por mandamento Seu, o que devo dizer e o qje devo falar; - e sei que o Seu mandamento é a vida eterna; o que, pois, eu digo é segundo o que Meu Pai Me ordenou que o diga."(S. João 12:49-50)

"Jesus lhes respondeu: Minha doutrina não é Minha, mas Daquele que Me enviou. - Aquele que quiser fazer a vontade de Deus reconhecerá se a Minha doutrina é Dele, ou se falo por Mim mesmo. - Aquele que fala por impulso próprio procura a sua própria glória, mas o que procura a glória daquele que o enviou é veraz, não há nele injustiça." (S. João, 7:16-18)

"Aquele que não me ama não guarda a Minha palavra, e a palavra que Me tendes ouvido não é Minha, mas de Meu Pai que Me enviou."(S. João, 14:24)

"Não credes que estou em Meu Pai e que Meu Pai está em Mim? O que vos digo não o digo de Mim mesmo; Meu Pai que mora em Mim, faz Ele próprio as obras que Eu faço."(S. João, 14:10)

"O céu e a terra passarão, mas as Minhas palavras não passarão. - Pelo que respeita ao dia e à hora, ninguém o sabe, nem os anjos que estão no céu, nem mesmo o Filho, mas somente o Pai."(S. Marcos, 13:32; S. Mateus, 24:35-36)

"Jesus então lhes disse: quando houverdes elevado ao alto O Filho do homem, conhecereis o que Eu sou, porquanto nada faço de Mim mesmo; mas, digo o que Meu Pai Me ensinou; e Aquele que Me enviou está Comigo e não Me deixou só, porque faço sempre o que Lhe é agradável."(S. João, 8:28-29)

"Desci do céu, não para fazer a Minha vontade, mas para fazer a vontade Daquele que Me enviou."(S. João, 6:38)

"Nada posso fazer de Mim mesmo. Julgo segundo ouço e o Meu juízo é justo, porque não procuro satisfazer à minha vontade, mas à vontade Daquele que Me enviou."(S. João 5:30)

"Mas, de Mim, tenho um testemunho maior que o de João, porquanto as obras que Meu Pai me deu o poder de fazer, as obras, digo, que eu faço dão testemunho de Mim, que foi meu Pai que Me enviou."(S. João, 5:36)

"Mas, agora procurais dar-Me a morte, a Mim que vos tenho dito a verdade que aprendi de Deus; é o que Abraão não fez."(S. João, 8:40)

Desde que Ele nada diz de Si mesmo; que a doutrina que prega não é Sua, que ela Lhe veio de Deus, que Lhe ordenou viesse dá-la a conhecer; que não faz senão o que Deus Lhe deu o poder de fazer; que a verdade que ensina Ele a aprendeu de Deus, a cuja vontade Se acha sujeito, é que Ele não é Deus, mas, apenas, Seu Enviado, Seu Messias e Seu Subordinado.

Fora-Lhe impossível recusar, de maneira mais positiva, qualquer assimilação Sua a Deus, nem determinar o Seu papel principal em termos mais precisos. Não há nos trechos acima pensamentos ocultos sob o véu da alegoria, que só à força de interpretação se possam descobrir. São pensamentos expressos em seu sentido próprio, sem ambiguidade.

Se objetarem que Deus, por não ter querido dar-Se a conhecer na pessoa de Jesus, provocou uma ilusão acerca da Sua individualidade, poder-se-ia perguntar em que se funda semelhante opinião, quem tem autoridade para Lhe sondar o fundo do pensamento e para Lhe dar às palavras um sentido contrário ao que elas exprimem. Pois que, em vida de Jesus, ninguém O considerava como sendo Deus; que todos, ao contrário, O consideravam um messias, se Ele não quisesse que O conhecessem qual era, bastar-Lhe-ia nada dizer. Das Suas afirmações espontâneas, deve-se concluir que Ele não era Deus, ou que se O era, voluntariamente e sem utilidade, fez uma afirmação falsa.
(Idem - pág. 129-132)

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